Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Projeto de revitalização da restinga de Matinhos é parcialmente suspenso após plantação de espécie não nativa

Por Redação. Publicado em 20/07/2023 às 22:19.

Ibama impõe embargo judicial em trecho de obra que utiliza espécie não nativa do estado, na recomposição da restinga, enquanto IAT busca soluções para retomada do projeto.

Por Marinna Prota

A revitalização da restinga de Matinhos, no Litoral do Paraná, que prevê a plantação de 600 mil mudas nativas, teve parte do projeto embargado por decisão judicial. A medida veio após uma solicitação do Ibama, feita em dezembro de 2022. O órgão de proteção discute o uso da espécie Clusia fluminensis, que não é nativa da região e é considerada uma planta ornamental de outros estados.

O Instituto Água e Terra (IAT) suspendeu a retirada da restinga em um trecho da orla de Matinhos em resposta ao pedido de paralisação feito pelo Ibama. A área em questão faz parte do projeto de recuperação da orla, que tem como objetivo expandir a área total da restinga para mais de 5 hectares. 

De acordo com o diretor de Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos do IAT, José Luiz Scroccaro, a troca da restinga prevê a inserção de espécies nativas no lugar das exóticas.

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A engenheira florestal do IAT, Aline Canetti, explicou que os canteiros estão sendo desenvolvidos com espécies herbáceas nativas da restinga do Paraná.

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A engenheira esclarece que a Clusia fluminensis, espécie não nativa da região, foi temporariamente utilizada como cerca viva para proteger os canteiros.

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O Ibama, por sua vez, informou em nota que os casos relacionados à utilização da espécie não nativa ainda estão sob análise, e que a introdução de espécies exóticas em ecossistemas costeiros pode representar riscos ambientais. O Governo do Paraná, por meio da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), está recorrendo da decisão.