Foto: TSE Desde as primeiras eleições em 1532, na Vila de São Vicente, o direito ao voto passou por diversas transformações, refletindo as mudanças sociais, políticas e culturais da nação. Confira!
Por Fernanda Nardo
A história do voto no Brasil é marcada por uma constante busca por ampliar a participação popular e fortalecer a democracia. Ela começou 32 anos após Cabral ter desembarcado no país. As primeiras eleições ocorreram em 1532, na Vila de São Vicente, quando ainda éramos colônia de Portugal, naquela época o voto era para quem tivesse uma renda mínima. Ainda durante o Império, em 1881, foi instituído o título de eleitor, mas sem foto. Em 1889, durante a República, o voto deixou de ser censitário, ou seja, determinado pela renda, mas seguia vetado a uma grande parcela da população. Nessa época, as fraudes e o voto de cabresto eram muito comuns, com os detentores do poder econômico e político manipulando a votação. O professor de história da Uninter, Renan da Cruz Padilha Soares, explica quem tinha o direito ao voto na República Velha.
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O primeiro código eleitoral, de 1932, trouxe também o voto secreto e as mulheres conquistaram o direito ao voto. No final de 1937 até 1945, o brasileiro não foi às urnas uma única vez. Em dezembro de 1945 foram realizadas eleições para a Assembleia Constituinte e para presidência da República. Mas somente em 1955, começou a ser exigida a foto no título eleitoral, na tentativa de diminuir fraudes. Já em 1964, seguiu-se um período de duas décadas de ditadura militar no país, e voto também foi afetado. O brasileiro somente voltaria a eleger diretamente um presidente em 1989. O historiador avalia que a principal mudança no perfil das eleições do Brasil está na ampliação gradativa do número de participantes no processo eleitoral:
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Além das mudanças na lei, a Justiça Eleitoral também foi buscando novas normas e procedimentos para ampliar a segurança e participação dos brasileiros nas eleições. O servidor da seção de gestão documental do tribunal Regional Eleitoral do Paraná, TRE-PR, Daniel Galuch Junior, destaca que, hoje, a mecânica de votação no Brasil não está mais sob suspeita.
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