Alterações hormonais que ocorrem nas mulheres desde o início da menstruação até a menopausa, passando por gestações, são complicadores para AVC, pontua especialista.
Por Fernanda Nardo
A dona de casa Adriana Ozório, 47 anos, estava em um momento descontraído de confraternização com a família, quando levantou para passar um café e ficou paralisada. A suspeita inicial foi de crise de ansiedade, mas ela foi levada imediatamente para o hospital e recebeu o diagnóstico: AVC isquêmico.
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Adriana foi então encaminhada direto para o centro cirúrgico e, após três tentativas, a artéria cerebral que tinha um coágulo foi desobstruída. Nos sete dias de internação, teve que reaprender a falar, segurar objetos, andar. Saiu do hospital com o lado direito parcialmente paralisado e, há pouco mais de um ano, conta com a ajuda de uma equipe multidisciplinar para recuperar os movimentos. O AVC é hoje em dia a principal causa de morte no Brasil, e a segunda no mundo. E as mulheres são mais propensas a fazer parte dessa estatística devido à variação hormonal sofrida ao longo da vida, com a menstruação, gestação e menopausa, explica a neurocirurgiã do Hospital Marcelino Champagnat, Luana Gatto.
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No entanto, ela explica que homens e mulheres têm os mesmos fatores de risco, que são a hipertensão arterial, diabetes, tabagismo, doenças cardíacas, colesterol alto, etilismo, obesidade, dieta não saudável, sedentarismo e doença renal crônica. Além dessas doenças, a médica destaca como fator de risco importante a gravidez e alterações hormonais.
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