Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Cigarro eletrônico traz riscos à saúde, afirma especialista

Por Comunicação. Publicado em 25/03/2022 às 11:34.

Além disso, o uso do dispositivo aumenta em três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional, aponta Anvisa.

Por Fernanda Nardo

O cigarro eletrônico vem sendo difundido entre os jovens com a ideia que uso não é nocivo, e que apena o uso em excesso traria danos à saúde, mas segundo especialistas isso é um mito. Um estudo desenvolvido pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta riscos para a saúde do consumo de cigarros eletrônicos. De acordo com o levantamento, o uso de cigarro eletrônico aumenta em três vezes o risco de experimentação de cigarro convencional e é quatro vezes maior a possibilidade da pessoa passar a usar constantemente o cigarro. No Brasil, estima-se 17.760 novos casos de câncer pulmonar em homens e mais de 12 mil em mulheres. Segundo a pneumologista e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo, Juliana Puka, não existe nível seguro para o uso do cigarro eletrônico.

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Os cigarros eletrônicos são compostos, no geral, de uma lâmpada de LED, bateria, microprocessador, sensor, atomizador e cartucho de nicotina líquida.  Os dispositivos funcionam a partir do aquecimento do líquido, que produz o vapor inalado pelos usuários. Os fabricantes e os usuários insistem em afirmar que o uso é uma alternativa segura ao cigarro convencional, porque podem ser livres da nicotina e não há queima do tabaco ou fumaça, ou seja, não liberam alcatrão e monóxido de carbono. Entretanto, alguns dos cartuchos analisados contêm substâncias potencialmente tóxicas e cancerígenas, como destaca a especialista.

SONORA

Em 2009, a Anvisa proibiu a venda, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos, devido à ausência de dados científicos que pudessem comprovar a segurança dos aparelhos. Apesar de não serem regulamentados pela Anvisa, os dispositivos continuam sendo comercializados e utilizados no Brasil.