Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Com resistência, debate sobre venda de ações da Copel continua nesta quarta na Alep

Por Comunicação. Publicado em 23/11/2022 às 10:49.

Oposição e sociedade civil questionam a pulverização do controle da companhia fundada em 1954 para promover o desenvolvimento do Paraná; na contramão, governo justifica a privatização da estatal com a intenção captar recursos para investimentos.

Por Fernanda Nardo

A venda de ações da Copel é um dos projetos mais polêmicos desta semana discutidos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), e faz parte de um pacote de propostas enviadas à Alep pelo Governo do Paraná. A Sessão Plenária sobre a Copel na tarde de ontem (22) foi acompanhada por manifestantes contrários à proposta. O projeto que transforma a Companhia Paranaense de Energia (Copel) em corporação com capital disperso, pulverizando o controle da companhia, foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e recebeu um pedido de vista na Comissão de Finanças. Pela proposta, o Governo do Paraná deixará de ser acionista controlador, mas manterá pelo menos 15% das ações da Copel. Atualmente, o Estado é maior acionista, com 31,1% de participação no capital social. Os projetos tramitam em regime de urgência e devem voltar à pauta do plenário hoje, para votação em primeiro turno. O deputado Guto Silva (PP), da base do Governo do Estado na Alep, fala sobre a proposta de mudanças na administração da Copel. Ele defende que a venda de ações não afetará o preço das tarifas e que a intenção é captar recursos para investimentos no Estado.

SONORA

Na contramão, o deputado Requião Filho (PT), criticou o movimento atípico de compra de ações da Copel nas últimas semanas. Ele apontou que entregar uma empresa de R$ 15 bilhões criada em 1954 para promover o desenvolvimento do Estado, não é um bom negócio para os paranaenses.

SONORA

A deputada Mabel Canto (PSDB) também se posicionou contrária a proposta de venda de ações da companhia paranaense.

SONORA

A oposição ao Governo do Estado diz que entrará na Justiça com uma ação popular para tentar barrar a privatização da Copel. A medida foi anunciada pelo líder da bancada de oposição ao na Assembleia Legislativa, deputado Arilson Chiorato (PT). Entre os projetos enviados pelo Executivo tramitam em regime de urgência na Alep estão: um que cria secretarias estaduais e outro que aumenta o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Além de das propostas que retira autonomia do Colégio Estadual do Paraná e da Biblioteca Pública do estado e sobre a privatização das penitenciárias.