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Consciência Negra: Erê Yá por uma educação antirracista

Por Comunicação. Publicado em 18/11/2022 às 11:25.

Trabalho do Grupo de Pesquisa da UFPR atua na formação de docentes e vai além do questionamento do racismo, retomando a verdadeira história e cultura afro-brasileira e sua contribuição para diversas áreas do conhecimento.

Por Fernanda Nardo

“Em uma sociedade racista, não basta não ser racista, é preciso ser antirracista”, essa frase é da filósofa e escritora Angela Davis,  e mostra que a busca por uma sociedade mais justa é um dever de todos, inclusive, nos espaços de educação. O debate sobre o tema ganha força no mês da Consciência Negra, em 20 de novembro. Mas a luta por uma sociedade livre de opressões, mais igualitária, e por uma educação transformadora e que valorize a cultura negra é diária. Há cinco anos, esse é o trabalho do Grupo de Relações Étnico-Raciais (ErêYá) do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros da UFPR, que tem como foco uma formação de professores que atuam na educação infantil, promovendo uma educação para a diversidade, para a diferença e contra a desigualdade social, como pontua a coordenadora do Grupo Erê Yá, Lucimar Rosa Dias.

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O ensino antirracista é um importante mecanismo para enfrentar o racismo estrutura, afinal, a educação é uma ferramenta valiosa na promoção da diversidade, da igualdade e na luta contra as opressões. É na escola onde as crianças e adolescentes constroem os primeiros aprendizados, se descobrem como indivíduos e conhecem sobre a vida. Neste sentido, Lucimar destaca que ensinar sobre a história africana e afro-brasileira, sobre a contribuição negra à sociedade, a cultura e a literatura, é também dialogar com as crianças negras sobre uma existência, sobre referências, para que elas se sintam parte da construção da sociedade.

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