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Dia Mundial sem Tabaco: oncologista alerta sobre dispositivos serem tão prejudiciais quanto cigarro tradicional

Por Comunicação. Publicado em 30/05/2023 às 14:00.

Especialista comenta sobre impactos do tabagismo à saúde e também dá dicas pra quem deseja parar de fumar.

Por Fernanda Nardo

Comemorado em 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco traz um alerta importante quanto ao uso do tabagismo. Anualmente, diversas doenças estão relacionadas ao hábito, incluindo vários tipos de câncer, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). E, apesar dos avanços, o vício afeta mais de 20 milhões de pessoas no país. Entre os mais jovens, o cigarro eletrônico tem sido sensação. Diferente da versão convencional, os sabores e aromas agradáveis acabam mascarando e tornando os riscos invisíveis para o grupo. Apesar de proibidos desde 2009 pela Resolução de Diretoria Colegiada nº 46 da Anvisa, os cigarros eletrônicos atraem cada vez mais usuários. Especialistas estimam que cerca de 600 mil pessoas fazem uso do dispositivo. De acordo com uma pesquisa desenvolvida pelo Inca, o cigarro eletrônico aumenta mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro convencional e mais de quatro vezes o risco de uso do cigarro, conforme a médica Mariana Laloni, do Grupo Oncoclínicas. Ela destaca que além das substâncias presentes no dispositivo serem mais viciantes, algumas pesquisas apontam que o cigarro eletrônico, assim como o convencional, pode afetar não só o sistema respiratório, como também desregular alguns genes do organismo.

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Sem falar, que o tabagismo continua sendo o maior responsável pelo câncer de pulmão no Brasil e no mundo. Aliás, não apenas deste tipo de tumor: segundo o Inca, 161.853 mil mortes poderiam ser evitadas anualmente se o tabaco fosse deixado de lado, sendo que cerca de ⅓ destes óbitos são decorrentes de algum tipo de câncer relacionado ao hábito de fumar. Para a oncologista, parar de fumar é a forma mais eficaz de prevenir o câncer de pulmão e diversos outros tumores. Ela dá algumas dicas para auxiliar neste processo.

SONORA

Muitas vezes só a vontade de parar não é suficiente, por isso, a médica indica buscar uma ajuda profissional.

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Em Curitiba, quem quer largar o cigarro pode buscar apoio do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), que oferece grupos presenciais e também virtuais. O Programa é ofertado gratuitamente. O primeiro contato pode ser feito diretamente na Unidade de Saúde de referência ou pela Central Saúde Já Curitiba, pelo telefone: 3350-9000.