romantizar a sobrecarga de trabalho é um risco à saúde física, mental e emocional
Por Flávia Consoli
O excesso de trabalho pode reduzir a produtividade. Essa é uma das principais conclusões de um estudo elaborado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Segundo o levantamento, um terço dos profissionais do mundo trabalha mais de 48 horas semanais. A média de horas extras não remuneradas também cresceu de 7,3 para 9,2 horas por semana. Tendo em vista esses dados, nos perguntamos: a saúde mental é afetada pelo excesso de trabalho? Psicólogo e coordenador da Comissão de Psicologia Organizacional e do Trabalho do Conselho Regional de Psicologia em Curitiba, Guilherme Alcântara Ramos diz que há um componente cultural que reforça esses números: a romantização da exaustão.
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Ser workaholic (viciado em trabalho) não chega a ser novidade em ambientes corporativos, mas se antes era visto como um defeito ou problema, hoje ganhou um novo status. Ser ou parecer sobrecarregado tem, implicitamente, uma boa dose de glamour na sociedade atual. O problema, explica Guilherme, é que ignorar a necessidade de descanso e de lazer afeta tanto a saúde mental quanto o bom desempenho profissional.
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Milhões de profissionais em todo o mundo trabalham demais porque acham que o sucesso está relacionado ao total de horas que passam estudando ou trabalhando. Uma pesquisa da Maxis GBN realizada em diversos países mostra essa tendência mundial. O resultado, reforça o estudo, é uma cultura improdutiva e insalubre. O excesso de trabalho pode reduzir a produtividade? Por que?
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A sobrecarga de atividades compromete a energia vital, aumenta a ansiedade e desencadeia sentimentos como decepção e frustração. E como pedir ajuda, sem ter vergonha de ser ridicularizado ou julgado por isso?
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O Janeiro Branco é lembrado como mês de conscientização para a saúde mental. Buscar o equilíbrio entre trabalho, estudo e descanso é fundamental para uma vida produtiva e feliz. Como ser produtivo e conciliar o lazer, o estudo e o descanso?
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O descanso recarrega as baterias. Quando entramos em férias, em quanto tempo o organismo realmente começa a desacelerar e a gente realmente consegue descansar?
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Segundo Guilherme Ramos, as férias tem tanto valor quanto o trabalho. É importante administrar o tempo e fazer um planejamento das atividades do dia, sem negligenciar a pausa.