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Estudo do PR garante que com isolamento e testagem em massa, contágio do coronavírus estaria controlado

Por Jornalismo. Publicado em 15/09/2020 às 14:28.

Estudo da UFPR reforça eficácia de distanciamento social e testagem em massa contra Covid-19.

A comunidade científica do Paraná está bastante envolvida nas questões ligadas ao combate à Covid-19. E o esforço não vem apenas dos setores ligados às áreas da saúde. Quem lida com números também oferece grandes contribuições.

Uma pesquisa do departamento de Física da Universidade Federal do Paraná estudou por meio de modelos matemáticos o crescimento do coronavírus em 9 países para tentar entender como ele acontece e o que os governos podem fazer para desestimular a propagação desse vírus.

Para a realização da pesquisa, foram comparados os números de contágio no Brasil, Alemanha, China, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Itália e Japão.  De acordo com o professor Marcus Beims, que está à frente do trabalho, os números garantem que distanciamento social e a testagem em massa são as medidas mais eficazes para combater a pandemia, independentemente do país ou continente.

SONORA

Os cálculos apontam que, com o afrouxamento das medidas no Brasil, o índice de transmissão do coronavírus no país entre março e agosto variou entre 1,5 e 2 o que significa que a cada 10 pessoas infectadas, o vírus contamina num certo período de 15 a 20 outras pessoas. Os modelos apontaram que se o Brasil tivesse adotado iniciativas mais rigidas, o índice de transmissão teria ficado mais próximo de 1 ao longo do período, o que significa que o contágio estaria mais controlado no país.

A comparação usou dois modelos de analise.

SONORA

De acordo com o pesquisador, com base nesses modelos, o estudo concluiu, por exemplo, que se o Brasil tivesse testado e isolado 15% das pessoas sem sintomas, o número de infectados seria bem menor.

Além da Universidade Federal do Paraná, participaram desse estudo profissionais da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e da Universidade Estadual do Amazonas (UEM).

De Curitiba, Juliana Sartori