Frente Parlamentar do Coronavírus do Paraná busca informações sobre as vacinas contra covid-19 em todo Brasil e pede ao governo do Estado que formalize com urgência intenção de compra do imunizante de São Paulo. As informações na reportagem.
Uma comitiva da Frente Parlamentar do Coronavírus na Assembleia Legislativa do Paraná vai visitar a fábrica de vacina da Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, no Rio de Janeiro. A visita está marcada para quinta-feira. Além de conhecer a estrutura da fábrica de vacinas de Bio-Manguinhos, a maior da América Latina, os deputados têm uma reunião com a diretoria da entidade.
A ideia dos deputados é buscar detalhes sobre a produção do imunizante contra a covid-19 que está sendo desenvolvido pela Universidade Oxford. Os deputados querem estar a par de todas as possibilidades de vacinas contra o coronavírus que possam ser aplicadas na população paranaense. E ficaram ainda mais confiantes após o anúncio do plano de vacinação contra a covid em São Paulo (SP). Em pronunciamento à imprensa, nesta segunda-feira, o governador de SP, João Doria, afirmou que pretende começar a aplicar a vacina contra o coronavírus em 25 de janeiro. São Paulo tem uma parceria com o laboratório Sinovac Biotech, que desenvolve a CoronaVac em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo – local inclusive já visitado pelos parlamentares paranaenses há cerca de duas semanas, justamente tratando sobre a possibilidade do Butantan ofertar doses da CoronaVac ao Paraná.
A vacina ainda precisa da chancela da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para poder ser aplicada.
Também nessa segunda-feira, o deputado Michele Caputo (PSDB), coordenador da Frente Parlamentar do coronavírus na Assembleia, confirmou que o Paraná pode ser atendido pelo plano estadual de imunização de São Paulo. Ele defendeu que o governo estadual formalize rapidamente os protocolos de intenção de compra para garantir as doses, pois diversos estados e municípios já sinalizaram interesse na compra do imunizante.
SONORA
Para iniciar a imunização já em janeiro de 2021, segundo o deputado, podem ser necessários R$ 32 milhões dos R$ 200 milhões já reservados para a compra de vacina – metade é de recursos próprios do orçamento da Assembleia Legislativa. O valor é suficiente para adquirir 600 mil doses da vacina do Butantan, se o valor praticado for o mesmo da oferta feita ao Ministério da Saúde, que foi de US$ 10 por dose – equivalente a cerca de R$ 53.
A compra da vacina de São Paulo não exclui a possibilidade de comprar outras vacinas, como a que será produzida pela FioCruz. Porém, o deputado Michele Caputo, alerta que esta vacina só deverá estar disponível a partir de março de 2021.
Reporter Juliana Sartori