Os governadores dos sete Estados que formam o Consórcio de Integração Sul e Sudeste decidiram buscar, em conjunto, soluções que aliem desenvolvimento econômico à sustentabilidade ambiental. Atualmente o consórcio representa 70% da economia brasileira e 108 milhões de habitantes. Este é o assunto do Sul em Destaque com Deividi Lira.
O Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) foi criado em março de 2019 com o objetivo de unir dez áreas de trabalho dos sete estados: segurança, saúde, educação, turismo, sistema prisional, logística e transporte, combate ao contrabando nas suas diferentes áreas, desburocratização, desenvolvimento econômico e tecnologia e governos digitais.
Em 2020 o foco dos governadores é a bioeconomia e o uso de economia criativa.
Os estados assumiram o compromisso de buscar ações para fomentar o desenvolvimento de pesquisa científica e de novas tecnologias capazes de gerar um crescimento econômico sustentável nas regiões Sul e Sudeste do país.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, cita um exemplo da produção de energia limpa. Na cidade de Entre Rios do Oeste, na Região Oeste do Estado, propriedades rurais usam dejetos de porcos na produção de biogás, que depois é usado para iluminar prédios públicos do município. O gás também é utilizado para abastecer tratores.
Os governos do Paraná e Santa Catarina firmaram recentemente um acordo operacional na área de saneamento, para a troca de serviços entres suas concessionárias de água e tratamento de esgoto em cidades que ficam na divisa dos Estados.
Carlos Moisés, governador de Santa Catarina, disse que o acordo entre a Casan e a Sanepar vai melhorar o atendimento da população dos dois estados.
O Cosud também reforça o apoio ao Acordo de Paris, como uma resposta aos recentes desastres ambientais e alterações climáticas no Brasil e no mundo. O acordo da Organização das Nações Unidas busca a redução dos gases do efeito estufa a partir de 2020.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, afirma que o trabalho das gestões estaduais precisa promover o desenvolvimento econômico, mas respeitando o meio-ambiente.
Por conta dessa preocupação, o grupo reforçou o pedido ao Governo Federal por maior autonomia e agilidade para licenciamento de portos, gestão ambiental, processos de concessão e renovação de hidrelétricas e licenciamento dos Parques Nacionais.
De Curitiba, repórter Deividi Lira.