Uma pesquisa mostrou que a pandemia alterou os hábitos alimentares das mulheres, mas muitas mudanças estão influenciadas por um fundo emocional. Na reportagem, Amanda Yargas.
A chegada do coronavírus alterou muitos hábitos do dia a dia e um deles foi o padrão alimentar. Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), avaliou como a pandemia afetou as mulheres brasileiras na hora de fazer as refeições.
Pedir delivery foi o hábito que mais cresceu, com 146% em relação a antes da pandemia. Apesar disso, elas também contaram que passaram a cozinhar mais (28%) e fazer as refeições à mesa (40%). Já as dietas para controle e redução de peso cairam 41%.
A pesquisa também avaliou quais fatores influenciam a compra de alimentos. Entre as entrevistadas com índice de massa corporal (IMC) considerado normal, “saúde”, “origem natural” e “conforto afetivo” apareceram como prioridades. Entre as mulheres com sobrepeso, “prazer” e “conveniência” aparecem juntamente com “saúde” e “origem natural”. E entre as obesas, “apelo visual” e “prazer” é o que mais conta na hora da escolha alimentar.
A nuticionista Elaine Imbiriba avalia este cenário.
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Para ela, as questões emocionais tiveram um peso maior nos hábitos alimentares femininos porque foram acumuladas pelo isolamento físico e social e pelas incertezas do período.
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Ao mesmo tempo ela considera que é um momento propício para adotar hábitos mais saudáveis.
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O trabalho foi centrado nas mulheres porque, segundo os pesquisadores, elas são as principais responsáveis por definir o cardápio familiar no Brasil. O estudo foi realizado de forma online, com mil183 participantes, mas segundo os cientistas, mulheres negras, pobres e de menor escolaridade estão pouco representadas na amostra. O artigo ainda depende de revisão de pares.
Amanda Yargas