Internados em UTIs por covid-19 estão cada vez mais jovens e sem doenças preexistentes.
As mortes por coronavírus no Paraná ainda se concentram em faixas etárias mais avançadas, mas a nova cepa trouxe um cenário diferente nas UTIs. A maior incidência da doença se encontra entre 20 a 49 anos, que já representa 60,98% dos casos e desde o começo de abril, pessoas com menos de 40 anos são maioria absoluta nos internamentos. Além disso, o número de pacientes graves com necessidade de ventilação mecânica e que não apresentam nenhuma comorbidade também teve um salto.
Segundo o Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass), especialistas já consideram que não existe mais grupo de risco para a doença. O conselho alertou que pessoas com até 40 anos representam a maioria dos internamentos em UTIs pela covid-19 no país. Em março, a Associação de Medicina Intensiva Brasileira registrou que 58,1% dos brasileiros em estado grave em unidades de terapia intensiva tinham menos de 40 anos. Já a ocupação por idosos caiu 42%. Atualmente, eles representam cerca de 30% dos internamentos graves.
O tempo médio de internamento de pacientes de covid-19 é 4 vezes maior do que o tempo necessário para tratar outros problemas. Este é um dos fatores que contribui para a escassez de leitos. O advogado Guilherme Kovalski Lima, esteve internado por 219 dias, mais de sete meses, até conseguir superar a doença e seus efeitos. O dr. Jarbas da Silva Motta Junior, coordenador da UTI do Hospital Marcelino Champagnat onde o advogado foi tratado, explica que a doença provocou uma série de complicações no organismo de Guilherme.
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Segundo o médico, os pacientes mais jovens costumam chegar em estado mais grave ao hospital, principalmente pela demora em procurar atendimento. Por isso, o advogado Guilherme Kovalski deixa uma mensagem.
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Amanda Yargas