Trigo da região central do estado reúne pesquisadores, produtores, moageiros e padeiros artesanais em produção de nível internacional. O processo, que conta com o apoio do Sebrae, traz preço competitivo, qualidade e cuidado ambiental. A reportagem é mais uma da série Negócios de Valor.
O projeto Trigo de Origem existe há cerca de duas décadas, capitaneado pela Moageira Irati, envolve uma cadeia completa de profissionais da região na produção do trigo segregado, ou seja, de um cultivo separado de cada tipo de trigo de acordo com a sua finalidade culinária. O projeto traz um encontro entre a cadeia produtiva, com o cuidado em todas as suas etapas desde a semente até a moagem e os padeiros artesanais de Curitiba e região, setor que teve um grande crescimento nos últimos anos, como avalia Divanildo Carvalho Junior, gerente do projeto.
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Atualmente a média de consumo de trigo brasileira é de 56kg por pessoa ao ano. Para se ter ideia, na dieta mediterrânea, reconhecida pela Unesco como patrimônio imaterial da humanidade, o índice é aproximadamente o dobro. O Brasil produz menos da metade do trigo que consome e o Paraná é o maior produtor com 3,2 milhões de toneladas em 2020, das 6 milhões fabricadas no país. O gerente considera que a inclusão das massas e pães artesanais na dieta brasileira e a qualidade do produto oferecido no mercado pode incentivar o consumo.
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Eduardo Freire Feliz, do Lucca cafés especiais e pães artesanais, foi um dos pioneiros na parceria com o projeto Trigo de Origem. Ele explica que quando a farinha passa por essa seleção cuidadosa o produto mantém uma estabilidade entre os diferentes lotes.
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O produtor do Trigo de Origem deve seguir padrões técnicos rígidos que passam pela análise da moageira e dos padeiros artesanais. Mais do que apenas a qualidade do produto e o incentivo ao consumo de alimentos mais saudáveis, a produção também cumpre um papel importante na sustentabilidade.
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Amanda Yargas