No mês que se discute a questão da alimentação, devido ao Dia Mundial da Alimentação celebrado em 16 de outubro, a ONU alerta sobre a importância de combater os determinantes da fome e da má nutrição
Por Fernanda Nardo
Cerca de um décimo da população global, até 811 milhões de pessoas, enfrentam a fome no mundo, segundo a edição deste ano do relatório “Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo”. No Brasil, com os problemas econômicos e sociais agravados pela pandemia, cerca de 19 milhões de pessoas passam fome. O Dia Mundial da Alimentação, celebrado em 16 de outubro, ganhou ainda mais relevância diante deste cenário. Segundo o Defensor Público do Paraná, Bruno Passadore, em muitas partes do mundo, a pandemia provocou recessões brutais e prejudicou o acesso aos alimentos, e no Brasil não foi diferente.
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A má nutrição persiste em todas as suas formas, em 2020, estima-se que mais de 149 milhões de crianças menores de 5 anos sofriam de desnutrição crônica e mais de 45 milhões tinham desnutrição aguda. Segundo o defensor público, a alimentação saudável permaneceu inacessível para três bilhões de adultos e crianças, em grande parte devido ao alto custo dos alimentos. Quase um terço das mulheres em idade reprodutiva sofrem de anemia.
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No Paraná, os dados mais recentes do IBGE mostram que, em 2018, 22,48% da população vivia com algum nível de insegurança alimentar. Outro levantamento feito em abril de 2020, pela Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho do Paraná, apontou que 258 mil famílias do estado vivem em situação de extrema pobreza.
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Segundo a ONU, transformar os sistemas alimentares e investir em políticas públicas é essencial para alcançar a segurança alimentar, melhorar a nutrição e colocar dietas saudáveis ao alcance de todos. Para o defensor público, é preciso repensar a tributação no país.
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