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Paranaense que vive na Itália relata prejuízos que teve por conta do coronavírus

Por Jornalismo. Publicado em 11/03/2020 às 12:47.

A Itália, país com mais casos de coronavírus depois da China, estendeu as medidas de emergência para contenção da doença para todo seu território. A população, que já amargava uma crise econômica, agora vê a situação piorar. A repórter Amanda Yargas conversou com uma paranaense que mora no país e ela relatou a situação lá no momento. Acompanhe.

Foto: Piero Cruciatti/AFP

 

 

Nessa terça-feira, o total de mortes causada pelo coronavírus subiu 36% em apenas um dia na Itália, país mais afetado depois da China. Entre segunda e terça-feira, foram 168 novas vítimas fatais, totalizando 631 óbitos e 10.149 casos registrados no país europeu desde a chegada do vírus. 12% dos infectados trabalham na área da saúde. Com isso, o governo italiano estendeu medidas de quarentena, decretadas no sábado para áreas do norte do país, região mais afetada, passando a contemplar todo seu território, até dia 3 de abril.

As medidas incluem o fechamento total de escolas e universidades, e, após as seis horas da tarde, para restaurantes e bares; a suspensão de eventos esportivos e reuniões públicas, mesmo eventos religiosos, como casamentos e funerais; a limitação de visitas em hospitais e a restrição de circulação entre cidades, a não ser para trabalho ou por motivos de saúde.

Segundo a chefe de cozinha paranaense Denise Laboratti, que mora há 20 anos em Roma, foi só a partir da adoção destas medidas mais rígidas que começou a se sentir o impacto do surto na capital italiana. Denise possui um restaurante no centro histórico e abriu um bar em um bairro da cidade no fim do ano passado.

Segundo a empresária, a situação no centro é ainda pior já que ele está praticamente vazio, os turistas sumiram e as pessoas que andarem na rua após o horário permitido podem ser multadas. Ela teme que as medidas agrave a crise econômica que o país já estava sofrendo.

O papa começou a rezar missas pela internet, mas disse que os padres não devem ter medo de visitar os doentes, contrariando as orientações do governo italiano. Na Espanha, na França e nos Estados Unidos, eventos de grande público foram cancelados. Uma cidade pequena ao norte de Nova York também está sob quarentena. Aqui no Brasil, são 34 casos confirmados da doença e 893 suspeitos.

Nenhum dos casos confirmados é do Paraná e, entre os suspeitos 49 foram registrados no estado.

 

Repórter Amanda Yargas