Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Pesquisadora descobre relação entre alimentos ultraprocessados e Alzheimer

Por Comunicação. Publicado em 21/02/2024 às 13:57.

Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, com 1 milhão e 200 mil pessoas diagnosticadas no Brasil e 100 mil novos casos por ano.

Repórter Leticia Negrello. Edição: supervisão de Alice Lima – uma parceria Rede AERP de Notícias e Agência Escola UFPR.

Refrigerantes, salgadinhos, bolachas, macarrão instantâneo – os alimentos definidos como ultraprocessados representam em torno de 20% da dieta brasileira, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Por terem um baixo valor nutricional, causam preocupações quanto à qualidade da alimentação e possíveis riscos à saúde. Uma pesquisa do programa de pós-graduação em Alimentação e Nutrição da Universidade Federal do Paraná estudou os possíveis riscos dos alimentos ultraprocessados relacionados à doença de Alzheimer. A autora do estudo, Paola Claudino, explica essa relação:

SONORA

De acordo com o Ministério da Saúde, Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa, com 1 milhão e 200 mil pessoas diagnosticadas no Brasil e 100 mil novos casos por ano. Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, a doença, que afeta principalmente idosos acima de 65 anos, é caracterizada pela morte de neurônios, o que acomete as funções do cérebro responsáveis pela memória, atenção e raciocínio. Um dos sintomas comuns é a dificuldade para lembrar de fatos ocorridos há pouco tempo.

SONORA

Desde 2010, a classificação sobre os alimentos ultraprocessados no Brasil é feita de acordo com o grau de processamento na indústria, e é dividida em categorias que vão desde os alimentos in natura, como frutas e verduras, até os ultraprocessados – que possuem uma lista extensa de ingredientes e processos industriais.

SONORA

A cientista explica que realizou uma busca ampla nas bases de dados e encontrou cinco estudos que abordam a relação entre alimentos ultraprocessados e a doença de Alzheimer. Uma das principais motivações da pesquisadora foi a oportunidade de trazer mais atenção ao assunto.

SONORA