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Região Sul apresenta menor desigualdade de renda em 2019

Por Jornalismo. Publicado em 14/05/2020 às 09:00.

A Região Sul do Brasil apresentou o menor a desigualdade de renda em 2019, conforme pesquisa divulgada pelo IBGE. No Brasil, a desigualdade econômica apresentou ligeira queda no ano passado, com redução na maioria das regiões. Confira na reportagem do Sul em Destaque com Stefany Alves.

 

 

 

 

O indicador usado pelo IBGE para monitorar a desigualdade de renda é o Índice de Gini, que tem escala de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de 1, maior a desigualdade. Considerando o rendimento médio mensal real domiciliar per capita, o Índice de Gini para o Brasil caiu de 0,545 em 2018, recorde da série histórica da pesquisa, para 0,543 em 2019. Já o indíce de Gini da região Sul recuou de 0,473 em 2018 para 0,467 em 2019.

O Chefe da Unidade Estadual do IBGE em SC, Roberto Kern Gomes, explica a melhora do índice na comparação de 2018 para 2019.

Santa Catarina tem a segunda menor desigualdade do Brasil porque o rendimento médio mensal do 1% da população que tem maiores rendimentos foi de R$ 22.161. Esse valor é mais de 18 vezes superior ao rendimento dos 50% da população que recebe menos, que foi de R$ 1.218.

Esta desigualdade entre os 50% que ganham menos e o 1% que ganham mais é a segunda menor no Brasil. Rio Grande do Sul fica em sexto lugar neste ranking e o Paraná aparece na sétima colocação.

Já o rendimento médio mensal real recebido de todos os trabalhos foi de R$ 2.536 em Santa Catarina, sendo o quinto maior entre os 27 estados. O crescimento em relação a 2018 foi de 6,1%, o maior da região Sul e o sétimo maior do Brasil. Roberto Kern Gomes cita alguns fatores que levaram o estado catarinense a se destacar em nível nacional na pesquisa.

Rio Grande do Sul ficou em quarto lugar, com rendimento de R$ 2.580, registrando aumento de 5,6%. E o Paraná aparece em sexto lugar, com rendimento de R$ 2.536, aumento de 3,7% em relação a 2018.

Além disso, o Rio Grande do Sul registrou um rendimento médio mensal domiciliar per capta de R$ 1.812, ficando em terceiro lugar no Brasil. O estado gaúcho registrou um aumento de 9,4% em relação a 2018. Já o rendimento médio mensal domiciliar per capita de Santa Catarina é de R$ 1.709, o quinto do país. O estado catarinense registrou crescimento de 6,5% em relação a 2018. Por sua vez, o Paraná aparece em sexto lugar na lista do rendimento mensal per capta, com média de R$ 1.586 e aumento de 1,9%.

Quando perguntado sobre a expectativa de resultado da próxima pesquisa do IBGE, que deve refletir os impactos da pandemia do novo coronavírus, o Chefe da Unidade Estadual do IBGE, acredita que a desigualdade deve sim aumentar.

 

De Florianópolis, repórter Stefany Alves