Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná

Risco de trombose por Covid é maior do que por vacinas, aponta especialista

Por Comunicação. Publicado em 19/04/2023 às 14:39.

Entenda a recomendação do Ministério da Saúde em relação às vacinas de vetor viral.

Por Fernanda Nardo

Circulam informações nas redes sociais de que a Anvisa teria desautorizado o uso das vacinas contra a COVID-19 que utilizam tecnologia de vetor viral (AstraZeneca e Janssen). No entanto, essas vacinas continuam em uso no país. Entretanto, conforme a ultima nota técnica do Ministério da Saúde, considerando o cenário atual da doença e a ocorrência de eventos adversos raros, como trombose, a recomendação é de que as vacinas de vetor viral estão indicadas para uso na população a partir de 40 anos. Já indivíduos entre 18 e 39 anos devem receber, preferencialmente, vacinas que utilizam a tecnologia de RNA mensageiro. No entanto, em locais de difícil acesso ou na indisponibilidade destas vacinas, poderão ser utilizadas as de vetor viral. Ou seja, nenhuma das vacinas contra a COVID-19 aprovadas foi proibida ou desautorizada no país. Conforme a infectologista, Camila Arhens, seus benefícios superam em muito os riscos potenciais.

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Conforme a Anvisa, é normal que algumas vacinas de primeira geração sejam substituídas por outras, como acontece com outros imunizantes atualizados regularmente. As vacinas de vetor viral são criadas a partir de um tipo de adenovírus que não prejudica a saúde humana. Por isso, quem tomou qualquer uma das vacinas, – seja como primeira dose ou reforço – não deve se preocupar, até porque, conforme Camila, casos raros de trombose aconteceram em um período máximo de 30 dias após a aplicação.

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No entanto, conforme a especialista, o risco de trombose por Covid é maior do que por vacinas. A COVID-19 é uma doença frequentemente associada a eventos trombóticos, e principalmente nos casos mais graves, chegando a uma taxa de 16%. Por isso, é necessário manter os cuidados contra o vírus, tomar a vacina contra a COVID-19 e só compartilhar informações que sejam, de fato, verídicas, como reforça a especialista.

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