Sputnik V tem 92% de eficácia, anunciam pesquisadores da vacina russa contra covid-19. Os dados são preliminares e a repórter Amanda Yargas traz os detalhes.
O Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya, responsável pelo desenvolvimento da vacina russa Sputnik V (vê) contra o coronavírus, anunciou hoje os resultados preliminares da fase III de testes, realizados no país de origem. Segundo os pesquisadores, os estudos mostraram que a vacina tem uma eficácia de 92%.
Os dados se referem a um universo de 40 mil voluntários. 20mil foram vacinados com a primeira dose da vacina e mais de 16mil com a primeira e segunda doses. 1 em cada 4 voluntários participantes receberam um placebo. Este é o grupo controle, com o qual os dados do grupo que recebeu a Sputnik V são comparados. 20 pessoas que participam do teste foram infectadas pela covid-19, entre voluntários que receberam e que não receberam a vacina. São estes casos que embasam o cálculo de eficácia do imunizante.
Esta é a primeira análise de dados da pesquisa, um resultado preliminar avaliado 21 dias após os participantes receberem a primeira dose. Até esta quarta-feira, não foi identificado entre os voluntários nenhum efeito adverso inesperado. Alguns dos vacinados tiveram dor no local da injeção, síndrome semelhante à gripe, incluindo febre, fraqueza, fadiga e dor de cabeça.
A vacina russa ainda não recebeu autorização da Anvisa para realizar testes no Brasil, o que está previsto no acordo firmado com o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que também prevê a produção da Sputnik V aqui no estado.
Amanda Yargas