Uma Comissão da Câmara dos Deputados acompanha os testes da vacina chinesa Coronavac no Brasil. A repórter Amanda Yargas conversou com uma das voluntárias que participa do estudo no Paraná e conta como é o monitoramento.
Foto: Divulgação/Butantan
Nesta terça feira, a comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha o enfrentamento à Covid-19 se reuniu com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde para debater os ensaios clínicos da vacina chinesa Coronavac no Brasil por meio de uma videoconferência.
Um dos objetivos da é esclarecer a suspensão dos testes clínicos com a Coronavac, conduzidos no país pelo instituto paulista em parceria com o laboratório chinês Sinovac Biotech. Segundo o presidente da comissão Deputado Luiz Antonio Teixeira Jr (PP-RJ) a ideia é que “não pairem dúvidas de que o trabalho da Anvisa e do Butantan são trabalhos sérios e científicos e não baseados em problemas políticos”.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou na semana passada que as primeiras 120 mil doses da Coronavac chegam ao Brasil nesta sexta-feira, dia 20. Segundo Dória, até o dia 30 de dezembro o país deve receber um total de 6 milhões de doses. No entanto ainda não há previsão de aplicação em larga escala na população já que a vacina ainda passa pela fase 3 de testes aqui no Brasil e depende da aprovação da Anvisa.
A infectologista da Universidade Federal do Paraná Sonia Raboni, responsável pelos testes da Coronovac realizados em Curitiba com 1400 voluntários da área de Saúde contou que até o momento nenhuma reação adversa grave foi registrada entre aqueles que receberam a vacina aqui.
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Metade dos voluntários receberam a vacina em teste e a outra metade, o grupo de controle, recebeu um placebo. A doutora explicou que quando 61 dos monitorados tiverem contraído a covid, entre os dois grupos de voluntários será possível avaliar a eficácia da vacina.
A médica Francine Ferreira, que trabalha diretamente com pacientes suspeitos ou confirmados para covid-19 e é uma das voluntárias no Paraná e conta que o acompanhamento tem pelo menos 10 visitas presenciais.
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Amanda Yargas