O setor cultural é um dos que mais sofre com a pandemia. Apesar das lives, das aulas online e outros projetos, os valores recebidos diminuíram drasticamente e o auxílio prometido pelo Governo Federal ainda está em discussão no Congresso Nacional. A reportagem é de Amanda Yargas.
Mais da metade dos eventos culturais previstos para este ano, 51,9%, foi cancelada, adiada ou está em situação incerta por causa da pandemia, conforme um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos. A estimativa é que o isolamento tenha afetado cerca de 580 mil empregos deste setor.
Jeff Sabagg é músico e proprietário de uma casa noturna em Curitiba. Ele testemunha que nunca houve nada nem minimamente semelhante com o que está acontecendo agora.
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Para a cantora e compositora Bianca Amante, o setor é afetado pela própria característica de promover a presença, o encontro entre as pessoas.
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Cinco meses depois que o coronavírus chegou ao Brasil, o setor cultural ainda espera receber repasses do Governo Federal. A Lei Aldir Blanc, sancionada em 29 de junho, definiu um auxílio de 3 bilhões para a classe artística, mas o recurso ainda não está liberado. Uma Medida Provisória aprovada pelo Senado Federal nessa quarta-feira regulamenta o repasse, porém recebeu alterações para dar mais transparência ao processo e facilitar a fiscalização pelo Tribunal de Contas da União, e com isso, o texto volta à Câmera dos Deputados.
Para se ter uma ideia, Jeff Sabagg conta que esperava receber em seu estabelecimento mais de mil músicos neste ano. Com o encerramento de toda atividade de entretenimento por conta da pandemia, os artistas param de ter uma fonte de renda.
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Enquanto o auxílio não chega, a classe tem que usar a criatividade que ela tem de sobra para conseguir os recursos que estão em falta. A cantora e compositora Bianca Amante conta que tem explorado as redes sociais e investido em outras maneiras de monetização.
Repórter Amanda Yargas
Colaboração Karina Magolbo